Já faz um tempinho que li o livro Verme da minha amiga, cliente, colega, sócia, indivídua amiga, mana Carina Luft, mas não posso deixar de recomendar este livro delicioso. O que já me impressiona logo de imediato e acredito que muita gente não escreve em suas resenhas é que este livro já liga um botão de alerta em todos nós a respeito do machismo. Você começa e ler a narrativa  e fica com a sensação de que o texto foi produzido por um homem. Pôxa, como assim escrever como um homem? Por que mulher não pode produzir um texto fluido, rápido, com um léxico descritivo de linguagem coloquial e algumas vezes duramente popular? Sua narrativa policial segue a linha de grandes autores do gênero do suspense e policial, como Conan Doyle e Agatha Christie ou de tradição brasileira como Rubem Fonseca, mas claro, sem cópias, mantendo sua autenticidade e estilo.

Outro fato que me marcou muito neste livro foi relembrar e sentir o Golpe Militar de 1964, afinal refrescar a memória nunca é demais. Além disso a trama, a corrupção, a chantagem retratam tão bem nossa cultura, que nos dá ainda mais a sensação de fluidez do texto por se tratar de fatos/personagens extremamente verossímeis.

O personagem que mexe com o leitor é o Fernão Weber. Fernão Weber é o delegado que se relaciona e vive uma trama com bicheiros, militares, políticos, prostitutas e inclusive reitor de universidade.Todos eles fazem parte do jogo de poder e corrupção em uma trama que envolve chantagem, assassinato, contravenção, retratando bem esse submundo do crime.

O livro é uma delicinha para os momentos de prazer da leitura. Recomendo total e deixo aqui meu apelo para um novo livro para minha escritora! Já está na hora, hein? 😀

Corram para banca 42 da Feira do Livro de PoA (Banca Dublinense) para encontrar o seu. Eu tirei uma foto!

FICA DICA! 😍😍😍

Por Cibele Torres